segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Rabanadas


A Rainha do Natal Português

Qdo me despedi do Brasil uma das primeiras encomendas gastronomicas que me fizeram foi para aprender a fazer "A Rabanada Original".
E então, encontrei a receita??? Encontrei sim.
Só que com o pormenor de cada família ter a sua receita original, ou melhor, 
a sua cozinheira oficial.
Aqui na família, evidentemente, o cargo é da sogrinha. 
Todo ano ela passa horas na cozinha preparando dezenas de rabanadas e eu, ali do lado, só de olhão pra pegar o jeito :)

Enfim, após 9 Natais, achei que já estava na hora de arriscar e batalhar pelo meu lugarzinho na "cadeia sucessória das Rabanadeiras"... 
Cheia de medos, dedos e temores, lá preparei a minha primeira receita de Rabanadas.



O pão que utilizamos aqui em Portugal é o chamado "bijou" , ou o "bundinha" em Sta Catarina, ou o "Pão d´água" no Paraná, e por aí vai... a melhor referencia é mesmo ver a foto.
Dai que a gente tem que comprar o pão com 2 a 3 dias de antecedencia e deixar os meninos secando no pacote... eles tem que ficar mesmo sequinhos, duros.

Depois de secos, cortamos e descartamos as duas carcaças exteriores
Dividimos então o miolo ao meio em 2 fatias.
Portanto, cada pãozinho rende 2 rabanadas

Tudo bem entendido até aqui?


Vamos em frente:

PARA 9 PÃES

1/2 litro de leite (ou bebida de soja / leite de soja)
1 chávena de açúcar + pau de canela + casca de lima (limão)
4 ovos
Canela em pó e açúcar para polvilhar


Bater os ovos ligeiramente e reservar.
Ferver o leite juntamente com o açúcar + pau de canela + casca de limão.
Aquecer a frigideira com oleo para fritar

Atenção: Durante todo o processo o leite tem que ficar em ponto de fervura em fogo bem baixo, tomando o cuidado para não queimar nem transbordar.


Molhar as fatias de pão no leite
É aqui q mora o perigo... temos que fazer o processo com precisão e rapidez.
A gente submerge o pão, conta até 3 e tira rapidamente.
(se demorarmos demais o pão se desfaz todo)

Passar por ovo batido
Rapidamente, vindo do leite, devemos passar o pão pelo ovo e retirá-lo antes que ele se desfaça.
A minha regra é conseguir transportá-lo com o garfo sem se desfazer.
Tomando atenção claro, para que todo o pão esteja umedecido.

Fritar em óleo quente
Até dourar dos 2 lados.



Retirar da frigideira e, ainda quente, polvilhar com açúcar e canela.

O ponto desejado é que nenhuma parte de pão escape ao molho.
Toda a rabanada deve estar úmida e apresentar a polpa sumarenta e adocicada.

Nem sempre se acerta a primeira... algumas se desfazem, mas a gente frita na mesma... 
Algumas ficarão um pouco mais ressequidas, mas a gente come na mesma...

É mesmo uma questão de persistencia e prática.



RESULTADO DA SAGA:
Rabanadas  aprovadas pelo "Filho da Sogra"
 (Consumidor das ditas rabanadas por + de 40 anos)

Bingo!!!


8 comentários:

  1. Se o JM aprovou...você deve estar sendo a "Mulher Maravilha da Cozinha"...eheheheheh. Sempre acho muito engordurada as ditas Rabanadas...mas essa me deu vontade!!!!!!!Quando passaremos um Natal juntas???? beijooooooo

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  2. muitissimo obrigada pelo feedback do meu site! bjs

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  3. Às rabanadas, então!
    Grato pelas receitas.
    Abs.
    Edu

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  4. Carla
    Sabes o quanto amo a tradição. Obrigada por compartilhá-la conosco neste natal. com carinho e admiração angela Rodarte

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  5. Ficaram mesmo apetitosas!! Eu amo rabanadas principalmente no dia seguinte ao Natal, no café da manhã. Vou seguir essa sugestão do pão,porque aqui vendem um pão próprio,mas nem toda padaria faz bem. Você sabe se aí em Portugal usa-se chamá-la de "fatia do céu"???

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  6. É a melhor coisa do mundo as rabanadas no Natal. Em outra época do ano não tem o mesmo sabor.
    Rabanada e panetone são os meus doces preferidos.
    E a rabanada no café da manhã?( quando sobra) .
    Vou pedir para uma amiga fazer sua receita, ela é ótima na cozinha. Bjs prá você

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  7. Wilma, fatias do céu não é usado por aqui não... até fiz uma pesquisa pelas receitas de doces conventuais mas não encontrei nada de concreto. Acho que é uma receita adaptada aí no Brasil muito parecida com as rabanadas.

    Neide, o panetone era tb o meu preferido até eu provar um bom bolo-rei. O bolo-rei tem massa e sabor mais encorpados que o panetone, é moldado em trança e farto em frutos secos e cristalizados... uma perdição!!!!

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