segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Arroz de Lentilhas com Cebolas



Adivinha do dia:
Afinal o que fazem juntos 3 cebolas, 1 copo de arroz e 1/2 copo de lentilhas?
Resposta: 
A minha alegria


Aqui está uma das poucas receitas que eu trouxe do Brasil ou, sendo bem honesta, da minha ascendência libanesa, e que sobrevive ao exigente paladar dos portugueses com muitos elogios.

Para preparar são necessários 3 passos básicos:

Primeiro
Cozo as lentilhas em água e sal tomando o cuidado para que não se desfaçam.
Escorro e reservo.


Segundo
Preparo um arroz branco soltinho:
  • Refogo cebola e alho em azeite
  • Acrescento 1 copo de arroz, mexendo bem para envolver todos os grãos em azeite
  • Junto 1 copo e 1/2 de água fervente + sal a gosto
  • Deixo cozer em fogo bem baixo até secar a água. Desligo e deixo abafado por 5 minutos.


Terceiro
Douro em azeite as cebolas cortadas em 1/2 luas grossas


Numa taça de servir, junto o arroz soltinho + as lentilhas escorridas + as cebolas com o azeite.
Misturo delicadamente e está pronto o acompanhamento perfeito para os Panados de Seitan (receita aqui) e para outras receitinhas que ainda hei de publicar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fernanda van der Laan - My City PORTO

Para ver o post é só clicar na imagem acima

Blog-debutei hoje
Aqui vai o meu primeiro post em blog alheio... 

Obrigada pela oportunidade Fernanda... adorei :)

E para quem quiser uma dica, o blog "Fernanda van der Laan" é só bom gosto.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A vida Muda - Rua de Antonio Candido II


Pois é, choveu e a magnólia da rua de Antonio Candido despiu-se, 
ou melhor, renovou-se...
Olhando de perto, percebi que algumas flores resistiram, 
talvez para poder tomar conta dos novos brotinhos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Serra da Estrela


Brasileiro tem a ilusão de que quem vive fora "naseuropa" está perto de tudo e pode sair pra viajar sempre que quiser, afinal, está tudo alí tão pertinho. 
Eu pensava e pensei assim até algumas semanas depois de me mudar para cá.
Mudei de idéia assim que me dei conta de que a vida familiar cotidiana exige também nossos tempos livres para se manter saudável. 
Portanto, de muito em muito longe, uma vez lá, outra acolá, a gente consegue viabilizar a família e os interesses para dar umas voltinhas por aí.
E, no sábado, lá fomos nós cumprir a meta que tencionávamos desde o início deste inverno:  
Construir o "Getúlio" o nosso boneco de neve bonachão



A Serra da Estrela situa-se no centro de Portugal, a 250 km de distância do Porto.
Saímos de casa na hora em que conseguimos enfiar todos os apetrechos e pessoas dentro da viatura, o que foi qualquer coisa por voltas das 11 da manhã.
Ainda na auto-estrada e já cheios de fome, avistamos os primeiros picos brancos entretanto, paramos para almoçar e aquietar o estômago, num restaurante "bem honesto" na Covilhã, uma cidade típica portuguesa. Eu pedi bacalhau grelhado com morcela, acompanhado de migas.

(clique para aumentar)

Depois pusemo-nos a estrada novamente, a partir da Covilhã, por mais 15 km, foi só começar a subir até os primeiros tapetes de neve se revelarem sobre as rochas e a paisagem mudar de cor.
No sábado, algumas estradas ainda estavam cortadas, por conta da neve que caiu durante a semana, mas nós não nos importamos e logo encontramos um espaço agradável para por em prática nosso plano.

(clique para aumentar)

O "Getúlio", nosso caçula por um dia, nasceu após meia hora de escavação manual e alguns incidentes divertidos, enquanto enterrávamos os pés na neve por meio metro... Conseguimos ainda fazer uma guerra de bolas de neve e dar umas risadas geladas.

O J sentia-se a criança mais frustrada dos três, pois ele queria ver a temperatura negativa no termômetro do carro e teve que se consolar com uns meros 4ºC. Entretanto, esta temperatura alta foi a sorte das meninas, pois tivemos assim as condições necessárias para erguer nosso bonequinho com uma neve que ainda estava fofa e solta, debaixo de um céu que, por vezes, revelava-se azul.

(clique para aumentar)

Após uma hora de brincadeiras estávamos super cansados e voltamos para a Covilhã comendo chocolate (miminho de férias), tomamos banho na piscina aquecida do hotel e jantamos, desta vez "bem mais honesto", um churrasquinho de cabrito acompanhado de batatas e esparregado (receita aqui).

(clique para aumentar)

No domigo, voltamos a subir, desta vez acompanhados de uma familia de amigos. Apesar das estradas estarem todas abertas, durante a noite choveu muito, o que fez com que a neve já estivesse mais rija e endurecida. O céu azul também resolveu não acordar e, consequentemente, com outra condicão atmosférica, com mais umidade, mais gelo, mais névoa e mais frio, experenciamos outra espécie de imersão na neve.

(clique para aumentar)

Foi então q o J começou a sorrir e dar o passeio por completo... enfim, a temperatura desceu e, apesar de termos conseguido brincar um pouco com os trenós, o melhor foi mergulhar naquele espaço branco e enevoado onde não vemos mais do que 10 metros a nossa frente e não distinguimos o chão do céu. É uma sensação super "claustrofóbica" e eu cheguei até a sentir-me tonta, mas ADOREI!

(clique para aumentar)

Novamente famintos, e desta vez tb molhados, trocamos de roupa dentro do carro, almoçamos uma picanha grelhada com arroz de feijão (receita aqui) num restaurantezinho de beira-de-estrada que foi "uma maravilha".
Voltamos ao Porto relaxadinhos e prontos para recomeçar mais uma semana.
ATÉ A PRÓXIMA GETÚLIO!


Só para finalizar e eu não me esquecer:
Eu tenho que admitir, com um sorriso interno, que gosto da vida urbana e até me esforço por abandonar meu estilo "fashion-timberland" e adaptar-me a umas vestimentas mais adequadas a minha "pré-meia-idade" mas, todo este esforço se desfaz quando calço minhas botas todo-terreno e desengaveto meu guarda roupa rústico.
Neste último final de semana, algumas horas foram suficientes para recarregar a alma.
Ali, na Serra da Estrela, reencontrei meu elemento, meu ascendente e meus orixás.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Iscas de Perú com Cebolas em Molho de Soja e Limão


Este é mais um prato da série
"Cozinhei ontem porque hoje não tenho tempo"
É daquelas coisas que eu nem sei quando nem de onde tirei a mistura porém,
resulta, é rápido e pode até ser consumido frio em dias quentes.

Sumo de limão + Molho de soja + Cebola = TRIO PERFEITO

Utilizei umas 600 gramas de peito de peru cortado em tirinhas pequenas (iscas) e, como tenho a mania dos refogadinhos, refoguei em azeite até a carne branquear e o refogado perder os sumos.
No meio do processo salpiquei pimenta preta moída e metade da quantidade habitual de sal, pois o molho de soja é muito salgado.


Juntei então 2 cebolas médias e alhos cortados grosseiramente e deixei dourar em fogo alto mexendo frequentemente.
(Cebolas douradas são o máximo! Soltam aquele suminho doce que, depois de meio caramelizado, incrementa qualquer tempero)

Enquanto a cebola dourava, preparei uma mistura de 4 colheres de sopa de molho de soja, 1 colher de sopa de molho inglês e sumo de 1/2 limão. (Aqui vai tudo ao gosto e no olhômetro)


 Douradas as cebolas, juntei o molho, mexi, refoguei e dilui com meio copo de água.
Por fim, juntei salsa picada e servi sobre massa a escolha.


Importante: Para não ouvirem reclamações de que a carne de peru é muito seca, precisava mais molho, blá, blá, blá e blablablás... cortem a carne em iscas bem menores do que as aqui apresentadas ou, façam como eu e peçam para o marido comer sem fazer comentários :)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ocaso

Final de tarde (Matosinhos - Jul/2009)
É verão no mar de Matosinhos

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Massa com Lulas


Sabem qual é o sinonimo para "Rotina de mãe"? É "fazer carreto de filho"
Pelo menos posso dizer que tenho 2 luxuosas horas por semana, dedicadas exclusivamente à leitura, enquanto espero minha filha sair da aula de ginástica rítmica. 
O problema é que o horário é miserável! Sabe aquelas janelas de 1 hora entre um compromisso e outro, que não dá para fazer nada? 
Pois é, caí numa armadilha dessas e agora tenho 2 noites por semana que são "O Caos da Correria"... 
Saímos da ginástica e só temos tempo de chegar em casa, tomar banho, jantar e dormir.
Nestes dois dias, tenho que deixar o jantar pronto na véspera.
A Massa com Lulas é uma das cartas que tenho na manga para esse tipo de ocasião. 
Quando chego em casa só preciso aquecer o molho e cozer a massa.
Coisa que se resolve facilmente enquanto rola o banho da miudinha.


Os ingredientes básicos estão sempre lá:
Cebolas, alhos, pimentos, molho de tomate e Lulas cortadas em argolas.
(Sempre tenho uma embalagem de lulas congeladas para as emergências)


Começo com o refogado de cebolas e alhos em azeite, ao qual acrescento os pimentos quando a cebola ficar translúcida.
Deixo refogar mais um minutos para os pimentos soltarem um pouco de sumo.


Junto então as lulas cortadas e refogo mais uns 5 minutos até elas ficarem branquinhas.


Acrescento então o molho de tomate e junto água até cobrir as lulas.
Tempero com louro, pimenta preta e sal.
Deixo cozer em fogo baixo por uns 20 minutos, ou até as lulas estarem tenras.


No final, desligo o gás e junto uma boa quantidade de salsa picada para aromatizar.
O molho está pronto, é só regar sobre a massa.
Ou, no meu caso, guardar refrigerado até o dia seguinte.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dia de São Valentim


Nós não temos tínhamos o hábito de comemorar certas datas festivas 
como "Dia dos Namorados", "Dia das mães", etc... 
Eu, nós, nunca vimos qualquer interesse nisso entretanto,
em 2011 a emoção falou mais alto. 
Na manhã do dia 14, nossos corações rendidos derreteram-se como gelatina qdo, 
a dona dos nossos corações, pulou da cama, correu para a sala, abriu uma 
gaveta e tirou de lá dois desenhos, um para o pai e outro para a mãe...  
Foi a primeira vez que ela escreveu uma frase elaborada e redigida autonomamente.
Foi só mais uma das vezes em que ela virou do avesso os nossos valores.
Resultado? Na mesma noite o pai chegou em casa com um presentinho para a namoradinha e uma 
caixinha de chocolates para a namorandona (namorada + mandona) 
e lá estávamos, os três, comemorando o nosso 
"Dia de São Valentim" com direito a jantar especial, brinde e discurso.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Pataniscas de Bacalhau


Sei de milhões de portugueses e, pelo menos uma brasileira, que adoram Pataniscas de bacalhau com Arroz de feijão
Por favor, ninguém chame a isto de "bolinho" e nem pensem em por fermento na massa.
Patanisca de verdade é mesmo assim, densa, farta em bacalhau e temperinhos bons.
Eu não as preparo muito frequentemente por causa da fritura mas, de vez em quando, fico cheia de vontade e lá vou eu fazer umas no capricho bem ao meu gosto, o que inclui fritar em azeite.
(Evito o máximo que posso comer qualquer tipo de fritura fora de casa)

Os ingredientes são:
Lascas de bacalhau demolhado (sem espinhas)
Cebola, pimento vermelho, alho e salsa, picados bem miudinho
Farinha de trigo e ovos


Primeiro cozo as lascas de bacalhau em água e sal por 2 minutos. Escorro o bacalhau e reservo um pouco da água.



Preparo então um polme com 2 ovos e 4 colheres de farinha de trigo.
Bato primeiro os ovos e, de seguida, incorporo a farinha.
Junto 4 colheres de sopa da água do bacalhau e mexo bem.

Acrescento ao polme as cebolas, alhos e pimentos picados e tempero com sal e pimenta preta.



Agora é só acrescentar as lascas de bacalhau e a salsa, mexer bem e fritar às colheradas até ficarem douradas.
Sirvo com arroz de feijão vermelho, o casamento perfeito.

Arroz de Feijão


Ainda não acabou a série dos "Arrozes"
Sempre malandros, sempre saborosos e acompanhando tudo e qualquer coisa :)

Eu já comentei aqui que costumo ter muitas bases pré-preparadas e congeladas, que utilizo rapidamente na hora do jantar. Pois então, ter feijão cozido é uma regra. Descongelo uma porção ou, na maior parte das vezes, vai ainda congelado para a panela e assim, com + algum tempero, já tenho um bom acompanhamento para quebrar a rotina.



Faço um refogado com muita cebola e alho, junto o feijão cozido e acrescento água na proporção necessária para cozer o arroz no ponto malandrinho, como já expliquei aqui.

 

Deixo levantar fervura, junto sal, pimenta preta, uma folhinha de louro (e o que mais der na cabeça) e acrescento o arroz.
Como sempre, o arroz coze por 5 minutos, tiro do fogo e deixo abafado por mais uns 10 minutos para terminar de cozer.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A vida Muda - Rua de Antonio Candido


Porto é conhecida como a "Cidade das Camélias".
Entretanto, no final do inverno, algumas camélias Magnólias, inspiradas pelas semanas um pouco mais quentes que anunciam a proximidade da primavera, fazem-se notar aqui e ali, em quase todas as ruas, anunciando o início da nossa época multi-colorida (ou multicolorida?)


Recentemente tive que mudar a rua onde estaciono meu carro, pois a rua do Covelo esteve em obras e correram comigo de lá. Consequentemente fixei "parqueamento" na Rua de Antonio Candido. E é aqui que, minha nova amiga enche-me os pulmões de ar nas manhãs de fevereiro.


Assim como, também encheu-me os pulmões de brisa fresca nas manhãs de outono, distribuindo pelo chão as suas deliciosas folhas crocantes.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Coelho ao Vinho Branco com Alecrim


Divagações de um estômago Luso-Brasileiro

Uma das características fantásticas da cozinha mediterrânea é a sua variedade.
Sinto-me privilegiada em ter tido a oportunidade de variar o meu reduzido menú, que anteriormente resumia-se a vaca, frango e queijo, por esta quantidade enorme de carnes, peixes e temperos que encontrei aqui.
Os peixes são algo de divino, saborosos, variados, deliciosos ao extremo. Vou ao mercado e todos os dias, há uma bancada cheia de peixe fresco, saído do mar há menos de 8 horas.
As carnes também são igualmente exploradas. Para uma sul-brasileira que foi criada a bife de vaca boa (pois não há carne como a nossa) consolei-me em comer rodízios no Brasil e, do resto como aqui. Não gosto de porco mas adoro os enchidos e acho que, nestes quase 10 anos, não conheço nem 20% da variedade que Portugal oferece. Isto sem comentar no que há em Espanha, outra especialista em bons embutidos. 
Temperar e cozer com vinho tb foi uma novidade, assim como com a cerveja. Todo ingrediente muda e se transforma a depender do tempero. A-d-o-r-o!

Considerando ainda que, nos últimos 2 anos, cortei a 100% a lactose (exceto cabra) surpreende-me que o leite, para mim, é como se nunca tivesse existido.
Para muitos amigos estas receitas podem parecer meio "elaboradas" mas, a sério, é a nossa comidinha do dia-a-dia... fotografo enquanto preparo o jantar, sempre foi esta a minha intenção aqui, divulgar (ou organizar para mim própria) meu atual livro de receitas cotidianas.
E assim, em meio a estas descobertas e divagações, vamos indo e degustando.

A carne de coelho combina muito bem com vinho branco e alecrim
Este coelho foi preparado somente com perninhas, mas poderia ter sido um coelho inteiro, partido aos pedaços, ou somente peitos.
Preparei na véspera uma marinada com pernas de coelho, cebola, alho, sal, pimenta preta, alecrim fresco e cobri tudo com vinho branco seco. A qualidade do vinho interfere sim. Não é necessário ser um vinho de alta qualidade, mas tb poupem-me dos vinhos doces de Santa felicidade, né!



No dia seguinte, refoguei um pouco de cebola e alho em azeite onde dourei as perninhas de coelho e, na sequencia, juntei o tempero da marinada sem o líquido.


Deixei os temperos refogarem alguns minutos e então juntei o vinho da marinada e deixei cozer em fogo baixo até reduzir e engrossar o molho.


É difícil?
Nadinha... só se for difícil encontrar a carne de coelho por aí.

Para acompanhar, coringa para varias ocasiões, arroz branco com pinhões (pinólis)
(receita aqui)


Arroz de Pinhões (ou Pinólis)


Esta ideia é tão básica e simples quanto deliciosa.
Vai aqui um arrozinho cheio de charme para acompanhamento de carnes assadas ou cozidas.

Começo com um refogado de cebola e alho em azeite e, quando as cebolas ficam translúcidas, acrescento um pacote de pinhões (pinolis) e deixo dourar.


Junto então o arroz, sal e água e deixo cozer em fogo baixo até secar.
Desligo, mantenho abafado por alguns minutos e está pronto.


A minha proporção de arroz branco (tipo agulha) é sempre de 1 copo de arroz para 1 e 1/2 copo de água fervente. Considerem que eu gosto do arroz solto e sequinho