"O Retorno de Ex-Mim" ou "A Importância de Paris em 2010"

Eu simplesmente detesto acordar cedo. Melhor dizendo, não consigo. Sou tomada por todo tipo de acontecimentos desagradáveis: primeiro são os sonhos que tentam convencer-me de que a realidade são eles, e eu então, entro numa confusão total entre seguir aquela luz no fim do túnel negro do sono ou tentar convencer os músculos das minhas pálpebras a abrirem-se; depois tenho tonturas se tento levantar rapidamente e para finalizar, qdo já consegui por-me de pé,  meu equilíbrio é totalmente ao estilo "Vó Ema", quer dizer, ando cambaleando e me apoiando nas paredes até conseguir chegar no aconchego da posição sentada no banheiro. E só volto a recordar do propósito pelo qual existo quando já estou em baixo da água quentinha do banho.


Bom, no dia 30 de Outubro as 4h30 da madrugada as coisas correram um pouco pior. Dormi mal pelo medo de viajar de avião, coisa q sempre me acomete depois q fiquei mãe e, para complicar, Inês estava rouca e tinha tossido muito durante a noite, o que aumentou a possibilidade de uma febre repentina acontecer mesmo na horinha H... talvez tenha sido este risco iminente q me transportou em bom equilíbrio até a cama dela pra verificar a temperatura através do meu método infalível "Beijinho na testa"... morna, morninha, morninha... Corrí pro banho, entrei no táxi, aeroporto já!!!


Pra quem não sabe eu ia, fui, a Paris, na minha primeira viagem solo depois de 6 anos de clausura maternal e familiar... eu estava ansiosíssima e não via a hora de poder concretizar este processo que pra mim significava um reencontro com a "Carla Solteira de Antigamente"...
Fui, encontrámo-nos, abracei-a cheia de saudades e voltei feliz pro convento.


Mas vamos então ao que interessa: fotos da viagem

Enfim, lá estava eu, as 6h00 da manhã no aeroporto do Porto que eu adoro... é um aeroporto novo, que ainda cheira a novo, tem banheiros modernos, é espaçoso e funcional... só falta um bom free-shop para animar os bolsos... já tem algumas lojinhas mas nada, nada mesmo q se compare aqueles centros comerciais imensos q vemos por aí nos outros aeroportos. De qquer maneira, pra minha sorte, eram 6 da manhã e estava tudo fechado ainda.

Minha "Carta de Alforria" foi conquistada após anos de negociações matrimoniais e chantagens emocionais para convencer um português taurino (que não descola o rabinho do sofá) que viajar é bom, eu gosto e preciso.

3 horas depois eu já estava com minhas queridas priminhas que me receberam com feijãozinho na panela e malzbier gelada.

Já de barriguinha cheia caímos na vida, ou melhor, no metro...
Primeira parada: Panthéon
O motivo por termos ido lá foi unicamente pra aproveitarmos o último dia de visita aberta à cúpula neste ano. No inverno a portinha fecha e só se volta a subir lá na próxima primavera. A vista de Paris é a melhor e a mais alta que se consegue num ângulo de 360 graus de telhados, cor e luz.

O Pêndulo de Foucaut marcando a hora da nossa visita (16h00)

Após uma semana de frio e chuvas ocasionais, naquele sábado, o clima estava muito agradável, solzinho quente sem vento e o povo a fazer fila na porta pra entrar.
Tivemos muita sorte por ter conseguido subir no último horário do dia, qdo o sol já baixava no horizonte e presenteou-nos com uma luz fantástica.

O resto do dia utilizamos para "tentar" comprar algumas coisinhas da lista que eu levava no bolso entretanto, a cidade estava lotada de gente com tráfego humano pra todos os lados. Depois de 2 entradas em lojas atulhadas de gente desisti e fomos, eu e Ângela, andar por ruas secundárias e visitar um endereço especial que tínhamos agendado. (Motivo para outro post)
A noite, o jantar foi tão bom, mas tão bom que até esqueci de fotografar. (Favas, azeitonas, queijo da Ilha, alheiras de caça e vinho português)

Amanhã tem mais...
(Estou com fome, vou almoçar)